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ARQUITETO OU ENGENHEIRO? QUAIS AS DIFERENÇAS?


Muito provavelmente todo engenheiro civil e arquiteto já ouviu a pergunta: qual a diferença entre arquitetura e engenharia civil?

Antes de analisar a legislação que define o que cada profissional está apto a desenvolver, uma resposta bastante básica e simplista pode ser dada da seguinte forma: o arquiteto define e projeta o que será feito, enquanto o engenheiro civil define e projeta como será feito. O arquiteto está apto a criar espaços levando em consideração fatores humanos como o conforto, o entorno e as necessidades do usuário enquanto o engenheiro, tendo o projeto em mãos, está apto a definir e otimizar como esse espaço será executado.

Talvez seja possível perceber um pouco melhor a diferença na atuação desses dois profissionais quando se analisa a grade curricular de cada curso. Nos cursos de Engenharia civil as disciplinas de exatas, aquelas que envolvem cálculo, tem maior carga horaria, ou seja, o engenheiro tem estudo mais profundo sobre cálculo estrutural e dimensionamento de cargas e esforços a que estarão submetidos um edifício. Já os cursos de arquitetura têm maior carga horaria em disciplinas da área de humanas, como história da arte, relações sociais, a interação do homem com o ambiente, ou seja, o arquiteto tem maior conhecimento sobre a relação do usuário com o espaço.

A confusão entre as atribuições destes dois profissionais é muito comum pois, no Brasil, inicialmente o curso de arquitetura era ministrado nas escolas de engenharia, onde se formavam engenheiros arquitetos. As primeiras instituições destinadas a formação exclusiva de arquitetos surgiram apenas na década de 1940. Com esta recente separação, a confusão é comum muitas vezes até entre os próprios profissionais.

Mesmo depois de os cursos serem separados, arquitetos e engenheiros continuaram sob a égide de um mesmo estatuto profissional, o CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) até 2010. Depois de anos de reivindicações dos arquitetos por um conselho próprio, comente em 2010 foi instituído o CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), que passou a estabelecer as normas e diretrizes que os arquitetos devem seguir.

Com a criação do CAU veio também a publicação de uma resolução que define hoje as atribuições privativas dos arquitetos, ou seja, aquelas que somente arquitetos estão aptos a exercer. Estas atribuições, segundo a resolução nº51 do CAU publicada em julho de 2013, estão divididas por área de atuação, sendo elas: arquitetura e urbanismo; arquitetura de interiores; arquitetura paisagística; patrimônio histórico, cultural e artístico; planejamento urbano e regional e conforto ambiental.

Veja o que são atribuições específicas dos arquitetos:

Mas é importante esclarecer que mesmo com a publicação desta resolução é bastante comum encontrarmos no mercado engenheiros que projetam espaços e arquitetos que assinam também por projetos complementares e estrutural. Os serviços prestados por estes dois profissionais muitas vezes se intercambiam pois tanto arquitetos quanto engenheiros podem se responsabilizar por várias atividades que envolvem a construção. A legislação atual exige um profissional responsável por toda e qualquer obra civil e na maior parte dos casos os dois profissionais podem ser os responsáveis legais.

A intenção aqui não é criar rivalidade entre as profissões, tendo em vista que são área de atuação complementares, e sim informar quem busca por um profissional da área as diferenças existentes entre engenheiros e arquitetos para que a escolha e decisão de contratação seja feita de forma bastante consciente!

 

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